Humeur

Neymar Virage PSG

Ele é dos nossos,
ele levou sua porrada como os outros

Quem foi que a gente renegou, blasfemou, insultou ? Quais deuses a gente ofendeu? Resultado: Paris, na véspera das grandes batalhas,
vai combater novamente cheio de dúvidas.
Estamos para lá da paranoia
, obviamente.


Nao tenho vergonha de escrevê-lo. Bruxaria, vodu, prova mitológica? O prazer apenas escondido quando o jornalista Sebastien Tarrago, ao vivo no programa “l’équipe du soir”, anuncia que o Neymar estará fora do jogo contra o Barcelona depois de se machucar contra o Caen. Os comentários nas redes sociais anti PSG… Estão exultando porque o Neymar caiu de novo. Eles estão aliviados, os nossos inimigos. Perdemos o nosso elemento indispensável. É de boa guerra, uma guerra sem fé nem lei. A guerra deles, a nossa.

O Neymar não vai estar presente. Estou lendo certos comentários por parte de alguns torcedores parisienses também, que tratam o Neymar de cara pouco sério, etc… Estou imaginando alguns rancorosos que nunca irão esquecer que ele queria voltar para Barcelona com o amigo dele, o Messi, não tem tanto tempo assim. Já chegou o tempo para eles de perdoar. Eu perdoei : O Neymar, por ele ter perdido um pouco de fé no Paris. Eu mesmo, por nao ter entendido imediatamente que o Neymar é profundamente um jogador feito para nós : Fodão, imprevisível, provocador, cara de pau, apaixonado, explosivo, festeiro, intrépido. A única coisa que nos diferencia, nós os torcedores, do Neymar, é o gênio. Tudo bem para mim.

O técnico do Caen, Pascal Dupraz, mostrou mais uma vez que ele é menos técnico do que chefe de polícia. Menos homem que caricatura de homem. Ele sonhava um dia ser o técnico do Manchester United e ele está agora treinando bezerros. Não podia ser de outra maneira… O Neymar se machuca e parte da França bate palmas. “Procurou, simulou, trapaçeou, bem feito”. O Mano escreveu no Facebook e ele estava certo : é a mesma coisa quando depois de um estupro alguns dizem que ela não tinha que se vestir assim. Os bois. Os mesmos bois que ficam chateados quando tiramos onda do Pape Diouf. Não se pode fazer piadas com um morto porém podemos publicamente ficar feliz quando um gênio da bola se machuca ? Falta muito ainda para a França ser um país de futebol… Muitos ciúmes ainda.

Vou fazer uma confissão para vocês: Se o Diego tivesse jogado no Marselha, claro que eu o teria amaldiçoado. Porém, ele teria imposto respeito com as suas ações. O Diego felizmente NUNCA jogou no Marselha. O Neymar, ELE, está jogando em PARIS. Neymar, o futebol em todo seu aspecto selvagem e a sua inocência. Ele pode ser chato, frustrante, insuportável até, quando alguns dias está sendo vítima da sindrome da T.S.E (Teimosia Solitária Estéril). Porém ele ousa, o tempo todo. 4 contra 1? Ele vai, o tempo todo (quantos são os que podem afirmar sempre estar com este desejo de lutar ?). Como o Bruce Lee, o Neymar gosta das lutas desiguais. Do desafio. Cobrar um penalty ? Ele os cobra, o tempo todo. Sem nunca tremer. O Neymar tem poesia, tem peito, vício e elegância, talento e instinto. E ele está jogando de vermelho e azul. PSG. E ele vai prorrogar.

Os amargurados de Paris, os mesmos que citei acima, dizem que ele fica porque ninguém pode pagá-lo, que sem o COVID, não seria a mesma coisa. E que não tem nada ver com amor, fidelidade. E aí ? Vocês querem casar com o Neymar? Um coming out para aliviar a sua consciência ? Por acaso você não faz parte dos que culparam o Cavani por ser um mercenário? Que notícia ! Obrigado ! Todos são mercenários, acorda! (E um mercenário que fica 7 anos, se dedica totalmente em todos os jogos, e tem o recorde de gols do clube, eu assino todos os dias se puder). Eles dizem ainda que o Neymar não tem uma vida saudável. Que o fato dele se machucar muito pode até estragar a carreira dele. O Neymar, segundo eles, deveria festejar menos. Ir deitar mais cedo. Galinhar menos. O Neymar segundo eles somente pode culpar ele mesmo. Nunca poderia ser vítima, nao tem direito ? Muito rico. Insolente demais. Muito individualista. Muito muito …

O Yago (jogador do Caen) é um bruto porque ele é um jogador medíocre. Como o Alvaro (Marselha). Estou imaginando a risada dele quando, com os seus amigos, ele contou como ele parou o Neymar e ficou assistando várias vezes as ações de canalha que ele cometeu. A risada do idiota, do bully, do cara sem complexo. Nem tenho certeza de que foi este golpe do Yago que machucou o Neymar. O que sei é que o Yago deveria ter sido expulso e que seu gesto, pouco importa as consequências foi feito para machucar, nada mais. A gente quebra o Neymar e o culpamos por ter provocado! O culpamos de respirar futebol. Isto é a França? É uma vergonha. É ridículo. “O cara ganha milhões e ele se machuca! Canalha”. E como estes católicos que culpam os pobres por ser pobre por falta de esforço. Na minha família tem espécies deste tipo. “Não fez o que tinha que fazer, Neymar malvado. E agora você está pagando a conta. Avisamos você!” Porra, os moralistas, os juízes, os doutores, os dietistas… Que calem as suas bocas para sempre, pelo amor de Deus !

Porque todo mundo gosta do Messi? Porque é um gênio, ele também, ok. Porque ele é pequeno, gentil, tímido, um só cartão vermelho em 8597 jogos, profissional até morrer. A mesma história com o Ronaldo. Parece até uma história do Walt Disney. Neymar? Ele é o “Grinch” e também o Franco no filme “Os 12 condenados”. Ele é o Bom e o Vilão. Ele deixa a fantasia de Mau (Bruto) para os outros. Para os que ainda precisam ver a bola para saber o que fazer com ela. Que o Neymar esteja ausente na terça-feira na Catalunya não tem nada de injusto. É simplesmente triste. A festa do futebol sem o seu Rei. Menos alegre, não é?

Neymar é uma estrela internacional. Ele domina perfeitamente a comunicação de hoje. Porém, será que ele é finalmente um jogador emblemático da época? Neymar não seria talvez o último dos Moicanos? O último representante de uma raça logo esquecida? Já escrevi isto. O Neymar merece mais do que sarcasmos e muletas. Mesmo se ele nunca mais levanta a taça de orelhas grandes (Champions League). O Mbappe é feito para bater recordes. O Neymar tem outra missão : ser ele mesmo. Não recusar a possível tragédia. Não ter medo. Ele está com a gente. Não está longe agora do Ronnie, no meu top 5.

PSG4LIFE

Tradução: Julien Bonnardel (Torcedor com um pé em Paris e outro no Brasil)


Jérôme Reijasse
Hygiène Neymar Virage PSG

Uma apologia do
estilo de vida do Neymar

Há alguns anos o campeonato francês tem no sul do país um jogador com cortes de cabelo ridículos, bundudo e com nome de humorista. Ele não é muito engraçado, tem barriga maior que a do Jean-Michel Moutier em 1985, é mais devagar do que o Evra numa crônica do Cazarre (humorista francês torcedor do PSG)
E mesmo assim, nos enchem o saco com o « o estilo de vida » do Neymar.

Acabamos de enterrar o Santo Diego e o absolvemos de todos seus pecados e excessos, o transformando em “D10S” (Deus); admitimos que estes pecados nunca deveriam nos ter impedido, de reconhecer a sua genialidade e beneficiar da sua luz nos dias de chuva. Mas a gente deveria culpar o Neymar, um dos seus mais belos herdeiros, por “não ter um estilo de vida compatível com o alto nível”. Porra!

Eu, torcedor, não estou nem aí pelo fato dele ter ou não “um estilo de vida compatível com o alto nível”. Estou com outras ambições para ele! Estas são considerações para um Bertrand Latour, um arrogante que gosta de bancar o metido do lado de pessoas idosas, ou do Dorian Gris da imprensa televisiva. Eu não sou contador do valor Grana/Performance do Neymar. Os que gritam contra ele também não.

Mais do que os momentos de queda na performance física dele, deveríamos contabilizar os seus dribles, os seus passes milagrosos, as suas cobranças de falta e os seus gols. Vocês vão ver, mesmo por 3 milhões por mês, a gente não está perdendo. Estamos levando vantagem, e muita.

Os que acusam o Neymar de não estar em boas condições físicas me lembram os que estão a favor da assistência de vídeo para a arbitragem. Somente tinham um argumento: O desafio financeiro. No caso do Neymar, o que irrita é obviamente o seu salário. Como se fossem eles, que nem podem ir mais para o estádio, que estivessem pagando. Nem estou falando dos “jornalistas” que além disso vivem obviamente graças a ele correndo atrás de clics porque sem ele não teriam quem os lessem.

O futebol é feito de incertezas, dúvidas e erros de arbitragem do mesmo jeito que o Neymar pode ter alguns quilos a mais, fazer algumas preparações físicas com ressaca e ter sono atrasado.

Ele não é pago para estar sempre na melhor forma e viver como um monge. Compramos o Neymar para vê-lo criar, subjugar, entusiasmar, maravilhar. Bater palmas para ele. Gritar o seu nome depois de fazer gol ou cantar depois de uma infiltrada no campo adversário. E comentamos novamente, no metrô, ainda sob o encanto, no caminho de volta para casa.

Eu cresci num mundo onde se admirava um Romário quando chegava no treino logo depois de sair da discoteca. E gosto do fato do Marco Verratti fumar.

Hygiène Neymar Virage PSG
« Eu acho perfeito o estilo de vida dele! » © Icon Sport

Quando o Neymar, errático e acabado fisicamente desde o 60o minuto, decide na 89o roubar a bola mal dada pela defesa do Manchester, e a 80 metros do gol tira de cena com um rebolado 3 jogadores, passa para o Mbappé e continua a jogada para se apresentar como uma opção de passe traseiro do Rafinha, concluindo esta pintura com um gol, eu acho perfeito o estilo de vida dele!

Há um ditado que diz que quando se trata de amor, só há provas de amor. Com o Neymar não é diferente: há que amá-lo e provar este amor para ele. Aceitando-o, entendendo como ele é. Do jeito atual. Em obra. Em construção. Em pedaços se precisar. Algumas provas do seu amor pelo futebol – e do nosso pela mesma ocasião – são mais fortes do que ele próprio, e ele as dá assim que joga. A partir do momento que ele toca a bola, o amor pelo jogo, o “jogo bonito”, o gesto esplêndido iluminam o estádio e os nossos olhos de espectadores.

Dentro dos nossos estádios, vazios por causa do COVID, o Neymar está sentindo muito a falta do torcedor. Quando ele faz gol, celebra na frente das arquibancadas vazias e mudas e parece com alguém jogando “Imagem & Ação”.

« La, La, La, La, La, La, La, La…
La, La, La, La, La, La, La, La…
Neymaaaaar, Neymaar…
Neymaaaaar, Neymaar… »

Nos deixar sonhando, é tudo o que ele nos deve – além da Champions, claro. Ele cumpre. Não todos os dias. A gente não ia aguentar. Ele também não. Os melhores artistas de jazz usavam drogas para encontrar novamente as contingências e as dimensões da condição humana para a qual eles escapavam pelo seu gênio. O Neymar passa o tempo dele “esnapando”, ‘instagramando”, festejando, se exibindo dançando feito maluco, se mexendo no palco perto de um artista brasileiro… para voltar a ser como nós.

O Neymar está certo em viver como ele vive. Há que separar o homem de sua obra agora. Estamos maduros o suficiente para isto.

Um Stradivarius tem que ser protegido. Primeiramente dos golpes. Dados dez, vinte vezes por partida por um destes raivosos caipiras cheios de rancor.

Talvez o Paredes deveria sistematicamente dar uma voadora , de cara, mal comece o jogo, no adversário que marca o Ney. (Desculpem-me porém se os zagueiros tem direito de bater nele somente porque ele os dribla, isto abre novas perspectivas).

Qual é o escândalo: Que o Neymar exagere um pouco e provoque ou que os zagueiros dêem tanta porrada nele? Para os técnicos adversários e quase a integralidade dos comentaristas tem-se que entender, perdoar e quase vangloriar os babacas meio burros porque eles não aceitam ser enganados pelo nosso artista. Ele provoca, isto dá o direito a eles de se comportar como porcos? Ele tem um jogo malicioso, o drible humilhante, o passe insolente e o olhar orgulhoso: culpado. Pascal Dupraz, nova Madame Michu.

O que é proibido é dar porrada, não provocá-las. Não seria útil lembrar isto também, como uma presunção de inocência para o Neymar? É muito fácil agora: o que vale um amarelo com outro vale somente uma falta com ele. Qualquer zagueiro da província sabe entrar na brecha: fogo! O amarelo somente sai na terceira ou na quarta vez no melhor dos casos. E depois você ainda ouve os miseráveis caras de pau atrás do microfone. Se ele se machucar feio, é culpa dele!

Hygiène Neymar Virage PSG
« Espero de todo meu coração que o Neymar nunca vai mudar. » © Icon Sport

O que esta acabando com o espírito do esporte são os alemães e os austríacos que são cumplices contra a Argélia em 1982; um juiz que, pouco importa sua origem, seja sempre pouco ou muito a favor do Real ou do Barcelona, a morte programada de uma mágica Copa da França que passa em todas as ondas menos as do serviço público; a assistência de vídeo que leva 5 minutos para não decidir nada… Não um número 10 que dribla e ri muito. Nem no regulamento nem no espírito do futebol está escrito que ridicularizar o seu adversário é uma falta. Para um número 10 parisiense é mais que um direito: Um dever.

Debater sem fim sobre sua condição física, seu estilo vida e sua impulsividade não vai mudar nada: na genialidade futebolística, na classe, na maestria, nos passes, nos dribles, nos escanteios, nas cobranças de faltas, nso pênaltis e nos gols, Neymar tem um nível entre os mais altos. Nunca visto no Parc, palavra antiga da época do Sušić.

Desde os seus quinze anos, ele vive assim, joga assim e chegou até aí. E vocês gostariam que ele comesse somente brócolis? Para virar o quê? Um Cristiano Ronaldo? Não, obrigado! Viva os excessos do Neymar! Ele não vai jogar no Camp Nou e aí? Nem a primeira nem a ultima bofetada. De príncipe parisiense ele tem também o lado maldito. Mas no ano passado, sem ele no Final 8, aonde a gente teria terminado?

E se preparem: No jogo de volta, mesmo com 40% de capacidade somente, ele vai entrar. E neste momento… Estou doido para voltar no Parc para vê-lo jogar. Espero de todo meu coração que o Neymar nunca vai mudar.

Traduction : Julien Bonnardel et Nicolas Polly


Gregory Protche
Merci Paris Virage PSG

Merci Paris

Il le fallait ! Pour nous le peuple parisien, nous qui t’avons tout donné depuis toujours, il le fallait. Plus qu’un résultat, c’était notre honneur que nous vous avions demandé de récupérer, à l’endroit même où vous l’aviez lâchement abandonné.
Et mardi soir, pendant 95 minutes, vous êtes entrés sur la pelouse
comme des guerriers, des vrais, pas des sénateurs et encore moins des victimes.

Nous étions nombreux à vous épier, dès le couloir, à observer vos moindres gestes, vos moindres regards. Et là encore, nous avons vu des hommes, fiers et en mission.
Les regards étaient durs, hauts et les attitudes décidées. Alors même si l’espace d’un pénalty encore foireux, le fantôme d’Aytekin a semblé trainer aux abords du stade, vous avez montré à l’Europe entière les valeurs de notre club. Mais bien plus important, vous nous avez rendu fiers, vous nous avez prouvé que la confiance que nous vous offrons depuis toujours n’était pas veine.

Mardi soir, un groupe était en guerre, en mission et j’ai vu non plus des joueurs les uns à côté des autres mais de vrais frères d’armes. Cela faisait longtemps que je n’avais plus vu ni entendu mes joueurs se parler, communiquer en permanence, s’aider, se conseiller, s’encourager et quelque soit le niveau et la stature du mec dans l’équipe. Entendre Kurzawa replacer et encourager Mbappé à défendre : « vas- y kyky, kyky à toi, bieeeeen kyky… » c’est pour moi un bonheur peu importe le résultat, j’ai vu une équipe qui vivait et qui avait décidé de venir gagner et surtout de ne pas perdre. Chacun s’est mis et a mis ses compétences et ses qualités au service de l’équipe, du club, de nos couleurs.

On est allé au Camp Nou Comedy Club avec un vrai gardien, sa seigneurie KeyLORD NAVAS, ça change d’avoir un vrai gardien et pas un vigile de chez Franprix dans les buts. Derrière, la charnière a été solide, intraitable, complémentaire : le soldat Kimpembe a épaulé son capo Marqui bien placé, technique, appliqué et utilisant à merveille sa vitesse. Nos deux latéraux malgré leurs carences ont su se mettre au niveau en étant concentrés et très impliqués. Kurzawa n’a rien lâché, a participé offensivement avec beaucoup d’application et avec une technique propre. Défensivement, il a tout donné et quand il se faisait prendre en vitesse ou dans le dos, la solidarité des milieux ou la couverture de Presko étaient là. Florenzi de son côté a respecté les consignes en surveillant le nouvel ami de Kylian : Jordi Alba et son melon d’or ! Le nabot hargneux ! En effet, Florenzi avait un couloir brûlant à surveiller pour éviter les montées d’Alba et ses centres en retrait. Et la détermination de l’italien à sa sortie en sermonant Kehrer pour qu’il soit tout de suite en action, a fait plaisir ! Peu importe qui joue, c’est ça qu’on veut voir : des hommes prêts à tout pour le PSG, pas d’égo, pas de caprices, pas de temps de jeu, rien que des morts de faim, des chiens !

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Un milieu de bonhomme © Icon Sport

Notre milieu trop souvent inconstant, insuffisant, en difficulté face à n’importe qui en ligue 1 et bien entendu en ligue des champions a enfin été au niveau. Verratti a été magistral, cet italien et parisien au talent d’un magicien a pris les choses en mains. Il a été omniprésent, aux 4 coins du terrains. Au pressing haut quand il fallait asphyxier la défense adverse, plus bas quand l’équipe avait besoin de lui pour la relance et ressortir les ballons proprement et sans affolement. Il a aussi été capable d’être à la dernière passe dans la surface adverse et a même tenté de frapper au but. ENORME ! Qui peut encore se permettre de cracher sur ce joueur extraordinaire, de le salir, de le critiquer sans être capable d’objectivité sur ses qualités sur le terrain plutôt que de ses soirées personnelles ? Ce joueur appartient déjà à notre histoire, il aime notre club et mérite notre Amour, même s’il ne sera peut-être jamais le modèle que certains désirent !!! A Paris, on n’aime pas la perfection : Sušić choisissait ses matches, Luis faisait parfois des fautes inutiles et gueulait pour rien tout comme Marco !!! Raí a eu du mal à s’adapter, Lama, n°1 à vie pour moi, commettait au moins deux trois boulettes par an et avait un caractère trempé, Ginola était parfois capricieux, Weah inconstant, Ronnie le plus doué, le plus fort mais aussi le plus fou, Neymar aujourd’hui…
Les gentils garçons propres sur eux ne supportent pas la pression chez nous et ne créent pas cette relation d’amour cahotique indispensable avec nous pour devenir des légendes.

Mais revenons à nos héros d’hier soir ! Paredes lui aussi, a prouvé que la confiance accordée par Pochettino n’était pas galvaudée. Il ne panique pas, se montre sûr de sa technique avec ses passes claquées qui cassent des lignes, toujours vers l’avant. Il est solide et très complémentaire de Verratti. D’habitude nerveux et agressif, hier il a montré qu’il savait être responsable et faire passer les intérêts de l’équipe en priorité. Encore un peu plus de courses et ce sera parfait. Je n’oublie pas Gana Gueye et Herrera qui sans être des génies (mais ce n’est pas ce qu’on leur demande) ont eu leur importance dans la réussite collective et ont pris part au combat avec courage et abnégation. Notre milieu a su gérer la largeur ce qui est compliqué sur cette pelouse et surtout avec le jeu du Barkkka fait de mouvement, de redoublements de passes et d’appels dans le dos. Les milieux ont aussi aidé à merveille nos latéraux en compensant pour bloquer au mieux les couloirs : indispensable ! Et tout cela sans oublier d’accompagner les attaques et d’ainsi faire remonter le bloc et limiter les espaces ce que nous ne faisions pas bien ces derniers temps.
Des efforts, vous avez fait les efforts, comme une équipe comme des hommes, des vrais et sans calculer, sans se ménager.

Merci Paris Virage PSG
Et Moïse ouvrit le Barça © Icon Sport

Que dire de nos attaquants ? Eux aussi de vrais héros ! Icardi, un 9, un vrai avant-centre a été un poison, toujours disponible pour proposer quelque chose aux milieux ou aux défenseurs sur les longues relances. Il n’a laissé aucun ballon facile à jouer à l’adversaire. Il a été présent dans les airs, ses déviations comme sur le dernier but sont délicieuses et surtout utiles et décisives. Physiquement très présent et son pressing utile et incessant.
Kean : si on voulait des guerriers alors il mérite la médaille du courage, la croix de guerre ! Il a été énorme, un vrai bulldozer mais pas un bourrin, non Moïse est costaud, puissant mais technique. Il avait des consignes, il devait se sacrifier pour bloquer son couloir droit et prêter main forte à Florenzi. Il a joué ce rôle à merveille et récupérant de nombreux ballons, en les conservant sans les perdre bêtement et donner des munitions à l’ennemi !
A 20 ans, dans un club compliqué et exigeant comme le nôtre, ce gamin n’a peur de rien et c’est là une des qualités indispensables pour exister au PSG. Il a même frappé au but et a marqué prouvant qu’il savait aussi utiliser sa tête. Un joueur décisif.

Enfin, Kylian ! Ah Kylian ! Comme tout le monde, j’ai été heureux, fou de bonheur de l’accueillir lors de son transfert ! Un fraîcheur ce joueur ! Mon chouchou ! Je me revois le fêter devant le Parc à sa signature, lui en costume avec son grand sourire et l’écharpe du collectif en mains puis autour du cou ! Dès ce jour nous t’avons soutenu et aimé.
En virage, combien de fois j’ai râlé en réclamant un chant pour toi, ton chant… Et comme tout le monde j’ai été et je le suis toujours exigeant avec toi, te réclamant toujours plus et devenant intransigeant parfois ! Oui je t’ai critiqué, parfois durement, peut-être même injustement, oui tu m’as agacé aux Oscars du foot, en réclamant des responsabilités et en laissant entendre que tu pourrais nous abandonner … Oui je t’ai maudit quand tu nous as fait une imitation de Laeticia Hubert en patinant devant le gardien de Manchester en un contre un … Tu vois moi, comme toi, je ne suis pas parfait ! Par contre je ne t’ai jamais trahi et je n’ai jamais rêvé de te laisser partir pour t’échanger contre le nain barcelonais !

Bref, hier, tu as remis les pendules à l’heure en faisant du Mbappé. Tu as multiplié les appels en profondeur, les courses en rendant fou le puceau qu’ils t’avaient mis sur le dos !
Tu as joué simple, sur tes qualités, pas de gestes inutiles et attaquant décalé sur le côté gauche est pour moi ton meilleur poste. Tu t’es montré insaisissable, tu as retrouvé ta vitesse au bon moment, tes jambes de feu, tu as prouvé que tu étais un leader en montrant l’exemple en revenant défendre. Et que dire de ton efficacité devant le but, tu as brillé de mille feux, un joueur de classe mondiale. Avec Neymar au final 8 vous avez pris l’équipe en mains et gérer le groupe pour nous emmener en finale. Pourtant tu étais blessé, tu as repris avec une cheville en mousse, le COVID est passé par là, pas de préparation physique, pas de vraies vacances mais du haut de tes 22 piges tu n’as pas fait de vagues !

Merci Paris Virage PSG
Kylian seul avec lui-même © Icon Sport

Il est temps maintenant de t’investir pour de bon au PSG, de faire taire les rumeurs et de montrer à l’Europe que tu as choisi de mener le PSG au sommet et rien que le PSG.
Tout le monde ici croit en toi il ne manque que ta décision ! On attend qu’une chose : que tu fermes des bouches en clamant ton Amour pour nous ! Et qu’on ne vienne pas de dire qu’on joue mieux sans Neymar, que Kylian veut être le boss sans Neymar et inversement ! Kylian toi seul peut faire fermer toutes ces bouches !!!

A vous tous, sans oublier les remplaçants et Rafinha qui mérite d’être vite relancé, à vous tous les gars je voulais vous dire MERCI.
MERCI de votre investissement.
MERCI de nous avoir rendu fiers.
MERCI d’être aller au combat sans nous pour récupérer notre honneur.
MERCI d’avoir fait taire l’arrogance insupportable de ce club surcoté qui depuis des années se permet de prendre le football européen de haut.
MERCI d’avoir défendu et respecté nos couleurs de cette façon.

NOUS supporters nous serons toujours là, nous avons coutume de dire, et je le pense que les joueurs et les dirigeants ne font que passer alors que NOUS, nous restons. Nous avons besoin de vous comme vous avez besoin de nous. Mais il y a des joueurs qui marquent l’histoire de notre club, des joueurs qui font l’histoire de notre club, des joueurs qui gagnent, perdent et souffrent avec nous et qui ne s’échappent pas à la moindre difficulté. Vous avez ensemble, hier soir, écrit une belle page de notre histoire ! Tout comme le 8 mars, nous n’oublierons pas. Terminez le travail dans trois semaines…

MERCI…


Aymeric Le Meignen
Hygiène Neymar Virage PSG

Apologie de l’hygiène de vie de Neymar

Il y a dans le championnat de France depuis de nombreuses années
un joueur à coupes de cheveux ridicules, à grosses fesses et nom de comique
pas super marrant dont le tour de ventre dépasse régulièrement celui de
Jean-Michel Moutier en 1985, qui va encore moins vite qu’Evra dans une chronique
de Cazarre… et on nous emmerde avec l’hygiène de vie de Neymar.

On vient d’enterrer Saint Diego et, ce faisant, l’intronisant D10S, de l’absoudre de tous ses pêchés, outrances et excès ; d’admettre que ceux-ci n’auraient jamais dû nous empêcher – nous ! – d’accéder à son génie et de bénéficier de sa lumière les jours de pluie. Et il faudrait en vouloir à Neymar, un de ses plus jolis enfants naturels, de n’avoir pas « une hygiène de vie compatible avec le haut niveau ». Merde.

Moi, supporter, je m’en fous qu’il ait ou non « une hygiène de vie compatible avec le haut niveau ». J’ai d’autres ambitions pour lui ! C’est des considérations de Bertrand Latour, ça, de paltoquet qui fait le daron au milieu de vieux messieurs, de Dorian Gris de la presse écrite à la télé. Je ne suis pas comptable du ratio pognon/perf de Neymar. Ceux qui lui gueulent dessus non plus.

Plutôt que ses mauvaises passes physiques, comptons ses dribbles, ses ouvertures miraculeuses, ses coups de pied arrêtés et ses buts. Vous verrez, même à 3 millions par mois, on n’y perd pas. On n’est pas mal heureux.

Les gens qui accusent Neymar de ne pas être en bonne condition physique me rappellent les pro vidéos dans l’arbitrage. Ils n’avaient qu’un argument : les enjeux (financiers). Là, c’est forcément « pour son salaire ». Comme si c’était eux, qui ne peuvent même plus aller au stade, qui le payaient – je ne parle même pas des journaleux qui, en sus, vivent objectivement grâce à lui en racolant le clic comme des tapins influençants !

Le foot se joue des incertitudes, des doutes et des erreurs d’arbitrage, comme Neymar des kilos de trop, des préparations arrosées et du sommeil en retard.

Comme si on le payait pour être en pleine forme et vivre comme un moine. On s’est offert Neymar pour le regarder créer, subjuguer, enthousiasmer, émerveiller. L’applaudir. Scander son nom après un but ou le chanter après une percée. En rediscuter encore sous le charme dans le métro en rentrant.

J’ai grandi dans un monde où on admirait Romario d’arriver à l’entraînement en sortant de boîte. Et j’aime que Marco Verratti fume.

Hygiène Neymar Virage PSG
« Je la trouve parfaite, l’hygiène de vie de Neymar » © Icon Sport

Quand, erratique et rincé depuis l’heure de jeu, à la 89ème, il chipe un ballon mal donné dans la défense, à Manchester, efface d’un coup de reins trois Mancuniens, trouve Mbappé et poursuit son action pour offrir à Rafinha, à quatre-vingt mètres de là, un destinataire à son centre en retrait, qu’il conclut victorieusement, je la trouve parfaite, l’hygiène de vie de Neymar.

Lacan (ou Barthes) dit quelque part, paraît-il – à moins que ce ne soit, me glisse Jérôme Reijasse, Jul en duo avec Soprano -, qu’en fait d’amour il n’y a que des preuves d’amour. Il faut aimer Neymar. Et le lui prouver. En l’acceptant, en l’admettant tel qu’il est. En l’état. En chantier. En construction. En lambeaux s’il le faut. Des preuves qu’il aime le foot – et nous avec -, lui, c’est plus fort que lui, il en donne dès qu’il joue. Sitôt qu’il touche le ballon, son amour du jeu, de la belle action, du splendide geste éclaire le stade et nos yeux de spectateurs.

Déjà que dans nos stades covidés, Neymar se meurt sans spectateurs. Nous lui manquons. Quand il marque, il célèbre devant des gradins muets et ressemble à quelqu’un en train de l’imiter dans « Dessinez, c’est gagné ».

« La, La, La, La, La, La, La, La…
La, La, La, La, La, La, La, La…
Neymaaaaar, Neymaar…
Neymaaaaar, Neymaar… »

Nous faire rêver, c’est tout ce que Neymar nous doit – en plus de la Ligue des champions. Il le fait. Pas tous les jours. On n’y résisterait pas. Lui non plus. Les grands jazzmen se droguaient pour retrouver les contingences et les dimensions de l’humaine condition à laquelle leur génie les faisait échapper. Neymar passe son temps à snapper, instagrammer, festoyer, s’exhiber en train de danser comme un con, de se trémousser sur scène près d’un faiseur de tubes brésilien… pour redevenir comme nous.

Neymar a raison de vivre comme il vit. Faut séparer l’homme de l’œuvre en direct maintenant. On est assez mûrs.

Un Stradivarius, ça se protège. Des coups d’abord. Donnés, dix, vingt fois par match par un de ces rageux ploucs vexés.

Peut-être qu’il faudrait que systématiquement Paredes en mette une d’entrée au garde du corps de Ney. (Pardon mais si les défenseurs ont le droit de le descendre sous prétexte qu’il les dribble, ça ouvre des perspectives nouvelles).

C’est quoi le scandale : que Neymar en rajoute et provoque ou que les défenseurs le lattent autant ? Pour les coachs adverses et presque l’intégralité des commentateurs, il faudrait comprendre, pardonner et presque vanter les lourdauds trop cons pour pas se faire fourrer par notre lutin au caramel. Il est provocateur, ça leur donne le droit de se conduire comme des gorets. Il a le jeu narquois, le dribble humiliant, la passe insolente et le regard fier : coupable. Pascal Dupraz, ou la nouvelle Madame Michu.

Ce qui est défendu, c’est de mettre des coups, pas de les provoquer. Ne serait-il pas utile, ça aussi, de le rappeler, comme une présomption d’innocence en faveur de Neymar ?
C’est trop facile maintenant : ce qui vaut jaune avec un autre coûte à peine un coup-franc avec lui. N’importe quel défenseur de province sait transposer : feu ! Ça coûte, et encore, que la troisième ou quatrième fois. Et, derrière, t’as la claque des blaireaux du micro pour te défendre. S’il se blesse gravement, c’est de sa faute !

Hygiène Neymar Virage PSG
« Jamais Neymar ne s’amendera » © Icon Sport

L’atteinte à l’esprit du sport, ce sont les Boches et les Autrichiens s’entendant sur le dos des Algériens en 1982 ; un arbitre qui, d’où qu’il vienne, est toujours peu ou prou favorable au Real ; la mise à mort programmée d’une pourtant magique Coupe de France, diffusée partout où c’est possible SAUF SUR LE SERVICE PUBLIC ; la Var qui prend cinq minutes et ne tranche rien… pas un numéro 10 qui dribble et ricane trop. Ni dans la lettre ni dans l’esprit du foot il n’est écrit que ridiculiser un adversaire est une faute. Pour un numéro 10 parisien, c’est plus qu’un droit : un devoir.

Débattre à l’infini de sa condition physique, de son hygiène de vie et de son impulsivité n’y changera rien : en génie-du-foot-isme, en classe, en maestria, en passe, en dribble, en tir de corner, de coup-franc, de péno, et en but, Neymar est d’un tellement haut niveau. Du jamais vu au Parc, foi de vieux Sušićien.

Depuis qu’il a quinze ans, il vit comme ça, joue comme ça et est arrivé là. Et vous voudriez le faire basifier et bouffer des brocolis… pour en faire quoi ? Un Cristiano Ronaldo, non merci ! Vive les excès de Neymar ! Il ne jouera pas au Camp Nou, and so what ? Ni la première ni la dernière avanie. Du prince parisien, il a aussi le côté maudit. Mais l’année dernière, sans lui, on termine où dans le Final 8 ?

Et préparez-vous : au retour, même prêt à 40 % seulement, il entrera. Et là…
J’en crève de retourner au Parc pour le voir.
J’espère de tout mon cœur que jamais Neymar ne s’amendera.


Gregory Protche
Neymar Virage PSG

Il est des nôtres,
il a pris son coup comme les autres

Di Maria. Neymar. Peut-être Marco, Rafinha et Navas. Nous irons à Barcelone diminués et l’euphémisme est cruel. Les malédictions n’existent pas et Paris est maudit. Manquerait plus que Mbappé se pète contre Nice. Tant qu’à faire !


Qui avons-nous renié, blasphémé, insulté ? Quels Dieux avons-nous offensés ? Résultat : Paris, à la veille des grandes batailles, monte encore au front avec un rat dans sa cervelle. Nous sommes bien au delà de la paranoïa là, indéniablement. Je n’ai pas honte de l’écrire. Sorcellerie, vaudou, épreuve mythologique ? La jubilation à peine dissimulée quand Sebastien Tarrago, en direct sur l’équipe du soir, annonce le forfait de Neymar après sa blessure à Caen. Les commentaires sur les réseaux des anti- PSG… ils jouissent parce que Neymar a une nouvelle fois chuté. Ils sont soulagés nos ennemis. Nous avons perdu notre Indispensable. C’est de bonne guerre et c’est une guerre sans foi ni loi. La leur, la notre.

Neymar ne sera pas là. Je lis des commentaires de supporters parisiens également, qui traitent Neymar de chèvre, de mec pas sérieux, de boulet… j’imagine des rancuniers qui n’oublieront jamais que le Brésilien voulait revenir chez son pote Messi il n’y a encore pas si longtemps. Il serait temps qu’ils pardonnent. J’ai pardonné : à Neymar d’avoir manqué de foi en Paris. Et à moi de ne pas avoir compris immédiatement que Neymar était viscéralement un joueur fait pour nous : connard, imprévisible, chambreur, branleur, passionné, sanguin, fêtard, intrépide. La seule chose qui nous différencie, nous, les supporters, de Neymar, c’est le génie. Ça me va.

Pascal Dupraz a une nouvelle fois démontré qu’il était moins entraîneur que brigadier chef. Moins Homme que caricature d’homme. Il confessait rêver un jour de coacher Manchester United et le voilà à dresser des veaux. On ne se refait pas… Neymar se blesse et la France applaudit. Il l’a bien cherché, il simule, chiqué, tricheur, bien fait. Mano l’a écrit sur Facebook et il a raison : c’est comme ceux qui disent après un viol qu’elle n’avait pas qu’à s’habiller comme ça. Les bœufs. Les mêmes bœufs qui s’offusquent si on ose vanner Pape Diouf. On n’a pas le droit de blaguer sur un mort mais on peut publiquement se réjouir qu’un génie du ballon rond se pète ? La France ne sera jamais un pays de foot. De footeux et de footix grand max. Et de jalouses.

Je vais vous faire un aveu : si Diego avait joué à l’OM, je l’aurai bien sûr honni mais il m’aurait imposé par ses actions le respect. Diego n’a heureusement JAMAIS joué à l’OM. Neymar, LUI, joue à PARIS. Neymar, le football dans toute sa sauvagerie et son innocence. Il peut être agaçant, frustrant, insupportable même certains soirs lorsqu’il est victime du syndrome E.S.S (entêtement solitaire stérile). Mais il ose, tout le temps. 4 contre 1 ? Il y va, tout le temps (combien sont-ils à avoir systématiquement ce désir d’en découdre ?). Comme Bruce Lee, Neymar aime les bastons inégales. Le défi. Tirer un péno ? Il les tire, tout le temps. Sans jamais trembler. Neymar a la poésie et les burnes, le vice et l’élégance, le talent et l’instinct. Et il joue en rouge et bleu. PSG. Et il va prolonger.

Les aigris de Paname, les mêmes cités plus haut, disent qu’il reste parce que personne ne peut se le payer, que sans le Covid, ce ne serait pas la même chanson. Et que ça n’a rien à voir avec de l’amour, de la fidélité. Et alors ? Tu veux l’épouser Neymar ? Un coming Out pour soulager ta conscience ? Tu fais partie de ceux qui ont aussi reproché à Cavani d’être un mercenaire, hein ? Oh le scoop ! Merci ! Ce sont tous des mercenaires, wake up! !! (Et un mercenaire qui reste 7 piges, qui s’arrache à tous les matchs et qui bat le record de buts du Club, moi, j’en signe tous les jours si je peux). Ils disent encore que Neymar ne vit pas sainement. Que ses nombreuses blessures vont même peut-être gâcher sa carrière. Neymar devrait moins faire la fête. Se coucher plus tôt. Se vider un peu moins les couilles. Neymar ne peut s’en prendre qu’à lui même en somme. Jamais victime. Pas le droit. Trop riche. Trop insolent. Trop individualiste. Tropico.

Yago est une brute parce qu’il est  un joueur médiocre. Comme Alvaro. Je vois son rire gras quand, avec ses potes, il a raconté comment il avait mis Neymar à l’amende et en rematant en boucle l’action scélérate. Le rire du crétin, du bully, du décomplexé. Je ne suis même pas persuadé que c’est le coup de Yago qui blesse Neymar. Ce que je sais, c’est que Yago aurait dû être exclus et que son geste, peu importe les conséquences, est dégainé pour faire mal, rien d’autre. On casse Neymar et on reproche à Neymar d’avoir provoqué ! On reproche à Neymar d’être le foot. Voilà la France. C’est une honte. C’est ridicule. Le mec gagne des millions et il se blesse ! Oh l’enculé. C’est comme ces Catholiques qui reprochent aux pauvres de l’être par manque d’efforts. Dans ma famille, j’ai eu des spécimens du genre. Tu n’as pas fait ce qu’il fallait, méchant Neymar. Et maintenant, tu payes l’addition. On t’avait prévenu ! Putain, les moralistes, les juges, les docteurs, les diététiciens… fermez vos gueules, à jamais, par pitié !

Pourquoi tout le monde aime Messi ? Parce que c’est un génie lui aussi, oui, d’accord. Et ? Parce qu’il est petit, gentil, timide, un seul carton rouge en 8597 matchs, pro à mort. Pareil Ronaldo. Du Walt Disney en terme de story telling comme disent les bobos colonisés moralement par l’Amérique. Neymar… c’est le Grinch et Franco dans les 12 salopards. Le Bon et le Truand. Il laisse le costume de la Brute. Aux autres. À ceux qui ont encore besoin de voir le ballon pour savoir quoi en faire. Que Neymar soit absent mardi en Catalogne n’a rien d’injuste. C’est simplement triste. La fête du foot sans son Roi. C’est tout de suite moins glop, non ?

Neymar est une star internationale. Il maîtrise à merveille la communication d’aujourd’hui. Mais est-il finalement un joueur emblématique de l’époque ? Neymar ne serait-il pas plutôt le dernier des Mohicans. Le dernier représentant d’une race bientôt oubliée ? Je l’ai déjà écrit. Neymar mérite mieux que les Harlem Globe Trotters, des sarcasmes et des béquilles. Même s’il ne soulève jamais les grandes oreilles. Mbappé est là pour battre les records. Neymar, lui, a une autre mission : n’être exactement que lui-même. Il ne refuse pas la possible tragédie. Il n’a pas peur je crois. Il est avec nous. Il n’est désormais plus très loin de Ronnie dans mon Top 5.

PSG4LIFE


Jérôme Reijasse

Kylian est mort, vive Mbappé

Je me suis réveillé habité par cette troublante certitude : Kylian est mort hier.
Un de ces cauchemars qui garde ses ongles plantés dans vos premiers battements
de paupières et vous poursuit bien trop longtemps, au fil de votre journée…

Je l’ai vu, je pourrais le jurer, je l’ai vu. Son corps sans vie. Mon esprit, encore embué s’est attaché à décrire l’image sidérante. Sans montrer la moindre pitié, il m’a infligé tous les détails susceptibles de me convaincre, pour dépasser ma stupeur. Pour ne me laisser aucune chance d’échapper à la nouvelle. Kylian gisait sur le dos, allongé dans cette pelouse made in England du Parc des Princes, les mains sur la poitrine. Je l’ai vu en noir et blanc, ses yeux fermés, en short et maillot de nos couleurs. Un Kylian de match mais arrêté, le visage pétrifié dans un mélange de douleur et d’abattement. Mort. L’immobilité de ce corps, sa raideur, déjà, le froid d’une peau de marbre : la dépouille avait l’exacte pose de ces statues de chevaliers que l’on peut croiser sur les tombeaux des églises médiévales. Un gisant. Le souvenir d’une image fixée pour l’éternité, surplombant un corps avouant sa défaite face à l’épreuve du temps. Kylian est mort hier. Et la journée de commencer avec ce poids.

Il faut écarter la couette qui pèse désormais des tonnes. Poser ses pieds nus sur un parquet sans consistance. Se lever. Cela semble impossible. Nous ne le reverrons plus. Parce que l’ironie de ce cauchemar, l’horreur de la chose, c’est que justement ce n’est pas un rêve. Oui, il va falloir affronter cette vérité : mon esprit ne m’avait joué aucun tour. Ce Kylian là est vraiment parti.

Voilà nos vies désormais. Devoir porter cette écrasante vérité alors même qu’on sent son corps privé d’énergie : Kylian ne rira plus de son air de garnement après avoir marqué, mi désolé, mi fripon. Plus jamais. Comment avancer face à cette injustice ? Il ne courra plus dans le dos de défenses sidérées par sa vitesse. Il ne tissera plus ses charmes d’enfant à des journalistes conquis d’avance. Tout est passé, sans espoir d’y pouvoir changer quoi que ce soit. On ne remontera pas le temps, ce Kylian nous a quittés. Voilà… Et désormais nous devrons tous marcher accompagnés de cette tristesse, lui le premier. Kylian est mort hier. À Mbappé de prendre le relais maintenant.

L’analyse des derniers matches est sans pitié : les défenseurs ne se laissent plus prendre. Le charme de la vitesse pure n’hypnotise plus, il ne suffit plus à entretenir les stats de buts que le champion du monde connaissait les saisons passées. Et les journalistes ont assimilé la désarmante alliance de l’ambition et de la finesse de Kylian. Tout cela a vécu. La fraîcheur, l’éclat de la jeunesse se sont évanouis. Tout ce qui faisait la spécificité du génie Kylian s’est écoulé entre nos doigts, comme du sable trop fin. Maintenant que le gamin s’est épaissi, sa morphologie n’évoque plus la fragilité mais la puissance. Les traits du visage se sont durcis. L’âge de l’insouciance est révolu.

Il n’y a qu’à le voir sur les terrains depuis son retour de blessure pour comprendre que tout est devenu plus difficile pour lui. Il récupère moins vite. Les adversaires ont été prévenus et s’adaptent. Les supporters se sont habitués et demandent aujourd’hui davantage. Ces courses qui paraissaient pourtant surréalistes la saison passée n’amènent plus à retenir son souffle. Oui, c’est Mbappé, il sait faire ça, on le sait, alors merci pour cette course balle au pied mais la question c’est est-ce qu’après il va réussir sa frappe ou pas ?

Kylian et Mort Virage PSG
Kylian qui rit, Kylian qui pleure ? © Luc Braquet

Mbappé va devoir dépasser les qualités extraordinaires de Kylian, et en faire ressortir autre chose. Parce que le gamin est mort. Et tout est à retravailler. Le jeu : trouver son poste, arrêter ces dribbles qui ne lui réussissent pas, faire progresser son jeu de tête. Miser sur ses qualités et combler ses défauts. L’image : faire oublier le gamin lisse, tout mignon, trop bien élevé, pour dévoiler l’adulte et ses défauts. Passer du Kylian qui fait la fierté de sa maman au Mbappé qui fait la misère à celles des défenseurs.

Le gosse avait toutes les qualités pour réussir cette mue : une mentalité de gagneur, une énorme ambition, un talent et une précocité jamais vus. Mais Kylian est mort hier. Et aujourd’hui Mbappé traîne entre deux mondes. Il lui faut passer de l’autre côté. Accepter de renier son ancienne vie, pour trouver la force d’avancer. Le plus simple pour lui serait de tenter sa chance ailleurs. Un nouveau club pour une nouvelle vie. Fresh new start. Mais le plus beau serait de franchir ce palier au PSG. Dans son royaume. Travailler, persévérer et avec un peu de temps et de patience, offrir aux supporters parisiens le Mbappé 2.0.

Kylian Mbappé est un joueur à part. Cela ne changera pas. Il faut juste accepter de le voir grandir, lui laisser cette liberté. Parce que désormais, l’homme a besoin de place. Alors peut-être qu’il gueulera davantage sur le terrain, oui il était plus réservé avant. Peut-être qu’il exigera un statut au sein de l’équipe, que l’on mette davantage en valeur ses qualités de percussion. Oui, il était plus humble avant. Mais voulons-nous d’un joueur modeste ou d’un champion ? Peut-être qu’on le verra en soirée, accompagné d’une blonde ou d’une autre. Oui, on ne lui connaissait aucune relation avant, et il s’en vantait. Mais voulons-nous d’un eunuque frustré ou d’un homme équilibré, qui assume sa vie amoureuse ?

Peut-être que cette période compliquée pour lui s’étendra encore quelques semaines. Aujourd’hui on lui demande plus. Laissons-lui du temps. Il faut accepter que Kylian meure, pour que Mbappé le remplace. Plus puissant. Plus râleur. Plus sombre peut-être, plus vicieux, en un sens. Comme tous les hommes, Mbappé a droit à sa part d’ombre… surtout au regard de ses qualités lumineuses, qui elles ne changeront pas. L’homme a des valeurs. Il ne trahira jamais ses ambitions : gagner, et faire gagner. Il ne trichera jamais avec ses couleurs : donner son maximum et se dépasser. Il ne se cachera jamais sur le terrain et s’il échoue, ce sera toujours en ayant tenté, jusqu’au bout. S’il manque de fraicheur ce sera pour avoir voulu revenir trop tôt. S’il peine ce sera après avoir trop donné. Parce qu’il a la victoire dans le sang.

Malgré ses dons, ne demandons pas davantage à ce joueur qu’à un autre : qu’il mouille le maillot. Qu’il ne nous mente pas. Et acceptons sa vérité, même si parfois elle nous dérange. Alors nous ne serons jamais déçus. Laissons-lui la place de s’épanouir ici, dans sa famille. Affrontons la réalité : Kylian est mort. Vive Mbappé.


Arno P-E

De défaite en défaite jusqu’à la victoire

Nous aurions tous aimé que Mauricio gagne chez les poteaux carrés, et avec du style ! Une première convaincante. Non. Le PSG Pochettino épisode 1 a été décevant, irritant, répétitif, jamais surprenant, déprimant.


Pauvreté technique, peu d’intensité, défense caca culotte, toujours 6 milliards de blessés, Navas empêcheur de perdre en rond, peu d’occasions réelles. Tuchel était encore là. La médiocrité indiscutable de notre équipe également. Mauricio est venu pour reconstruire. J’entends beaucoup parler de finale de LDC, de Barcelone dans un mois. Hé, faut ouvrir ses mirettes ! Nous sommes mauvais. MAUVAIS. Et ce n’est pas d’hier. Le final8 n’était pas une promesse mais bel et bien une parenthèse trompeuse. Nous pensons que nous allons gagner, pire, que nous avons déjà gagné, que nous pouvons recevoir en donnant très peu. L’amnésie chez le supporter… depuis quand Paris est-il promis aux sommets ?

L’argent et les stars suffiraient donc à revendiquer une place à la table de Milan, Liverpool, Madrid et les quelques autres ? Achetons Griezmann alors, gagnons du temps ! Combien d’années et de milliards Man City a brûlé avant de gagner ? Son championnat, je ne parle même pas d’Europe. Et nous, parce que nous sommes le PSG, parce que Neymar et Kyky, parce que la Ligue 1 a un niveau merdique globalement, on va gagner. On va gagner. GAGNER ! Sinon, certains supporters vont trouver ça injuste. Vont peut-être même accuser nos joueurs de faute professionnelle… c’est presque hallucinogène.

Paris n’est pas un grand Club les amis. C’est notre Club, notre putain de Club, notre meuf, notre pute, notre paradis, notre armée, nos flammes, notre cour de récré. Mais pas un grand Club. On dirait Marseille et sa quête perpétuelle du Grand Attaquant. Pitoyable. Nous sommes des chasseurs de dragons. Dans un monde sans dragon. Pour moi, le foot, ce devrait être, avant toute autre chose, le jeu. Je suis con hein ? Ah le vieux con ! Il veut du jeu ! Mon histoire d’amour avec le PSG m’a au moins appris ça. C’est en jouant que tu envahis les cœurs pour toujours. Cerise sur le gâteau : c’est en jouant que tu peux éventuellement GAGNER. Gagnant-gagnant… Mais Paris, non. Ça demande trop d’efforts.

Le match d’Angel mercredi ! Je ne parle même pas de Kehrer, de… Non, je ne ferai que me répéter. Nous nous voyons trop beaux. Trop grands donc. J’espère que Pochettino va capter qu’il va devoir avant tout gérer une bande d’adolescents dilettantes, forcément un peu arrogants comme tous les ados, forcément paresseux. Et qu’il va trouver la bonne carotte. Qu’il va devoir composer avec un groupe surévalué. Motta, Silva. Même un Blaise ! (Je ne parle même pas de Rabiot). Rien que ça. Ils sont où leurs remplaçants ? Qualitativement, Neymar et Mbappé ont dissimulé nos derniers  mercato tardifs et moins heureux. Et vu que Neymar joue peu et que Kyky trop et pas assez bien malgré ses stats, sans oublier Marco, indispensable et trop souvent sur la touche, on a du mal et ça se voit.

On ne tente pas grand chose. La fatigue est réelle, l’époque perturbante (je me répète encore : un Neymar sans tribunes, malgré les teufs, les bitchs et le poker, est malheureux). Oui. Mais ce n’est pas acceptable d’être aussi peu créatifs, peu collectifs, peu enthousiastes, peu concernés, peu importe le onze aligné. Nous nous sommes affaiblis, je le pense sincèrement. Nous avons pris de mauvaises habitudes qui vont être dures à effacer. Nous n’avons pas à nous plaindre, je sais. Nous sommes riches, bla-bla-bla. N’empêche : avec tout ce fric, tu pouvais faire mieux en transferts. Tu ne l’as pas fait. Et un état d’esprit, ce n’est pas en dollars que tu peux te l’offrir. Certes, Navas, Bernat, Rafinha, etc… c’est déjà formidable. Mais nous n’avons jamais aussi peu joué en équipe que depuis l’arrivée de nos deux Golgoths.

Nous n’avons plus vraiment d’aboyeur non plus. On ne fout plus la trouille. À personne. Les soumis d’hier sont aujourd’hui des ennemis décidés. Sur le papier, bien-sûr que n’importe quel supporter de province tuerait pour avoir nos joueurs. Mais sur la pelouse… un mec de l’équipe du soir dans ma télé dit qu’aucun entraîneur n’est fait pour le PSG parce que le PSG est ingouvernable. Et il ajoute que Mauricio, c’est typiquement le genre de coach qui ne pourra pas s’imposer face à ce mélange bizarre et contre-productif de sportif et de politique. Tuchel n’a pas dit autre chose quelques jours avant de se faire limoger. Moi, je pense exactement le contraire. Si Paris veut grandir, pour, un jour être vraiment un grand Club, il n’a besoin que de trois choses : discipline collective, rigueur tactique et qu’aucun joueur ne soit plus jamais au dessus du Club. Trois choses. C’est peu finalement. Je plaisante. Si l’on s’avoue les choses, c’est un chantier pharaonique. Mauricio a du taf. Je le plains. Mais peut-être que l’Emir l’a pris exactement pour ça. Pour repartir sur des bases, sportives en tout cas, plus saines.

C’est évidemment oublier un peu vite Leo… la seule chose à souhaiter aujourd’hui, c’est que Mauricio y parvienne. Nous pourrions devenir redoutables. Beaux à mater. Il faudra de la patience, des efforts probablement douloureux, peut-être vexer deux-trois ego pour mieux les relancer. Pas mal de chance aussi. Ce sera un travail de sergent instructeur et de funambule. J’ai confiance en Mauricio. J’aimerais pouvoir en dire autant de nos joueurs… Dernière chose : que ceux qui n’arrêtent pas de chouiner que « si on avait notre onze type, on serait imprenables » se taisent à tout jamais. Il faut avancer. Se relever encore. C’est à ce prix que tu peux, un jour, revendiquer une identité. Une appartenance. Je disais hier à Xavier que le mérite dans le football, ça n’existe pas. En revanche, les hold ups, si ! Notre seule opportunité cette année si nous persévérons à ne pas jouer.


Jérôme Reijasse

Oh! Champs-Elysées

A minuit, ce jeudi 31 décembre 2020, personne n’était présent
sur la plus belle avenue du monde pour célébrer le passage vers
cette nouvelle ère tant attendue. Pas de feu d’artifice, pas de cotillon
et pas de champagne coulant à flots pour saluer cette folle année et souhaiter
la bienvenue à un nouvel opus 2021 qui s’annonce tout aussi intense et indécis.

Comme l’a indiqué Maître Reijasse, dans les Boules et le Sapin, l’heure est au bilan, les Neg’Marrons en citation : « Le temps passe et passe et passe et beaucoup de choses ont changé. Qui aurait pu s’imaginer que le temps se serait si vite écoulé. On fait le bilan calmement en s’remémorant chaque instant. Parler des histoires d’avant comme si on avait 50 ans ». Cinquante ans, et un été bouillonnant. Si 2020 fut une année sordide, âpre, elle sut aussi être surprenante, et à sa manière, enivrante. 

Jeudi matin 24 décembre. La trêve des confiseurs est commencée depuis quelques heures pour notre championnat de Ligue 1 Uber Eats. Faisant la queue à ma boulangerie pour une bûche glacée et deux baguettes bien cuites, je commence à réfléchir à ces lignes lorsqu’une alerte fit vibrer mon téléphone. Un double cataclysme m’ébranla en une poignée de minutes. J’eus à peine le temps d’avancer de quelques mètres que j’appris d’abord le licenciement de Thomas Tuchel, puis l’arrivée imminente de Mauricio Pochettino. Autour de moi, les gens s’insultent dans la queue, des histoires de masques mal mis et de places doublées. Peu m’importent ces esclandres de sexagénaires psychologiquement marqués par une année d’isolement, l’histoire du Paris Saint-Germain, même en vacances, est en ébullition. Alors qu’une femme m’apostrophe, me suppliant d’intervenir pour remettre un peu d’ordre, je meurs d’envie de lui répondre « laissez moi tranquille, laissez moi profiter de ce club qui ne s’arrête jamais ». Il y a plus vital qu’une protection anti-covid oubliée ou qu’un manque de respect éhonté. Une Tucherie est en cours.

Ce n’est donc pas seulement de l’an 1 du Covid 19 que nous faisons le bilan, mais aussi en partie de notre coach teuton. Le double 20 ne fut pas aussi mauvais qu’on le dit. Laborieux oui, mais il ne faut pas avoir la mémoire courte. Les gourous court-termistes me fatiguent. Tous ceux par exemple qui  parlent des 4 défaites en championnat comme un record depuis une décennie, blablabli et blablabla, et qui plus est des défaites contre Lyon, contre Monaco, contre Marseille, sans oublier celle à Bollaert chez le promus lensois. Merci Marcin Bulka, cela dit en passant. Quel était leur discours dix jours avant notre revers dans le pays d’Artois ? Que disaient-ils le soir de notre première finale de Ligue des Champions ? Les arguments sont toujours contraires, jamais dans la bonne direction, celle du navire rouge et bleu. A ceux-là, je réplique que l’Atalanta de Bergame et le RB Leipzig sont, quelques mois après Lisbonne, de nouveau qualifiés en 8ème de Finale de C1, où Paris sera le seul représentant français. Le Final 8 portugais était certes inédit, mais en aucun cas à dévaluer. Il était dans l’air du temps, celui d’un football dont les repères d’un jour sont vite balayés par ceux du lendemain.

Hier, notre avenir s’appelait Tanguy Kouassi. Le fils attachant a rapidement fui la maison familiale, estimant, sans rien n’en savoir, qu’il n’y trouverait pas de temps de jeu. Une belle prime à la signature, et quelques blessures plus tard, il a, pour le moment, uniquement passé la bagatelle de 21 minutes en match officiel sous la tunique bavaroise. Dans nos sélectives mémoires, nous l’avons déjà vite oublié, misant tous nos espoirs sur un nouveau Titi prometteur, Timothée Pembélé, cinq apparitions, un but, et un contrat déjà signé. Le football va vite. Des paillettes aux oubliettes, et vice-versa. Des surprises, aussi. Qui aurait pensé en juillet dernier, avant la Finale de Coupe de France contre Saint-Etienne dans laquelle il fut titulaire, que Mitchel Bakker, 20 ans et seulement trois apparitions anodines, serait quatre mois plus tard le joueur le plus utilisé par Thomas Tuchel en cette première partie de saison. 

Tout n’est pas à jeter en cette année pasteurisée. Un titre de Champion de France certes écourté mais qui fut amplement mérité. Deux finales nationales au milieu de l’été ont enrichi un palmarès à faire pâlir nos rivaux hexagonaux. Un retour pré-confiné contre Dortmund, fort en émotion et en images symboliques, a permis de rompre notre malédiction. Un anniversaire tronqué, mais deux magnifiques maillots historiques servis en offrande par notre équipementier. 2020, comme son nom l’indique, une année de chiffres ronds. 50, 100, 200. Les statistiques, ça nous fait une belle jambe, mais ça a le mérite de rester et de marquer, sur l’instant et la durée. Fin février, Edi Cavani, pour l’un de ses derniers matchs sous nos couleurs a mis la barre du record parisien à 200 buts. En fin d’année, c’est Kylian Mbappé qui a atteint les 100 réalisations, que je perçois comme un présage positif pour les prochaines négociations. 

Enfin, sans m’attarder sur ce sujet, pour lequel je ne suis pas aussi dithyrambique que le raz de marée médiatique qu’il a engendré, 2020 fut aussi l’année de ce Dembabesque Paris SG – Istanbul Başakşehir, en marge duquel le droit-de-l’hommiste Président turc a fait une leçon d’anti-racisme a cette vénérable institution qu’est l’UEFA. No To Racism, du marketing à la réalité. Comme quoi, le slogan de 2020 aurait pu être « tout est possible, tout est réalisable« . Une première symbolique qui n’attend qu’à être répétée. Même si de nombreux doutes m’habitent, espérons que dans un avenir proche de telles situations soient reconduites, et pas seulement lorsqu’il n’y a plus d’enjeu sportif et aucun spectateur à évacuer.

C’est indéniable, 2020 fut aussi une année noire. Fade. Vide. Triste. Apocalyptique. Le Covid 19 s’inscrit dans la lignée du Plan Leproux 2010. Presque en pire. Pas d’aléatoire cette fois. Pas d’échappatoire non plus. Que de la désolation. Nos tribunes sont désespérément vides depuis fin février. Tous interdits de stade, sans procès, ni distinction. Pour ajouter à notre détresse, citons Thiago Silva et Edinson Cavani, qui nous ont quittés sans adieu ni ménagement. Circulez, il n’y a plus rien à voir. L’été fut une éclaircie, trois finales pour nous enflammer. Une surchauffe estivale qui n’a eu comme effet que de tout cramer. Depuis, nous en traînons inlassablement les stigmates. Des joueurs fantomatiques, des blessures à la pelle, un fond de jeu confiné et un coach aux tactiques aussi versatiles qu’approximatives. Le moindre match fut pour tous, joueurs comme supporters, une souffrance. Assortie d’une double peine. Devant restés loin de nos travées, avachis face à nos écrans, nous avons dû subir un jeu insipide, et parfois même calamiteux. Comme si nous devions nous faire pardonner d’avoir cru pouvoir remporter un titre en Ligue des Champions, nous devons maintenant endurer les pires sévices. Même notre génie français [spéciale dédicace à Stéphane Guy] a dû attendre le dernier match de l’année en Ligue des Champions, et obtenir un laisser-tirer un penalty offert par le Ney, pour marquer son premier but annuel dans cette compétition. Quelle année ! Canal+ en a perdu son humour et son autodérision. Mediapro et son Téléfoot a pris les téléspectateurs français pour des couillons. Le monde va mal. Vivement le réveillon.

2021. Place à la suite logique. Un chiffre dynamique, un bon en avant, comme un regard optimiste vers l’avenir. Il s’annonce tout aussi riche et émouvant, mouvementé et palpitant, chaotique et discordant. Au menu, toujours cet enchainement de match à gogo. Harassant. Un trophée des Champions contre les sardines à la sauce portugaise. Intéressant. Un huitième barcelonesque, une revanche à fleur de peau qui pourrait décider du futur d’un numéro 10 argentin. Bouleversant. Une lutte acharnée pour un titre de champion qui depuis si longtemps n’a pas été aussi disputé. Captivant. Des contrats de joueurs stars à renouveler. Distrayant. Un stade à retrouver, et des liens à reformer. Impatient. Une rumeur d’un horrible maillot Jordan en perspective, un immondice rose sans âme ni raison d’être. Effrayant.

Un nouvel an commence toujours par une liste de résolutions. Le Paris Saint-Germain n’échappe pas à la règle, il a décidé de changer d’entraîneur. Un tournant dans son histoire, un timing pas si étonnant, une demi-saison pour préparer au mieux la suivante, en renouvelant la base dès décembre pour mieux en garnir le collectif d’ici à juillet prochain, et imposer sans précipitation de nouvelles manières de travailler. Qui sait, cette révolution portera peut-être ses fruits à court-terme, nous rêvons toujours de visiter Istanbul au mois de mai. Nous savions déjà que Thomas Tuchel ne passerait pas le prochain été, la rupture prématurée n’est donc pas si surprenante. Il a été sacrifié sur le bûcher d’une année unique. Pour préparer au mieux l’avenir, il fallait peut-être en passer par là … 

Dans la mythologie grecque et romaine, les champs Elyséens sont la terre promise des âmes vertueuses et pures, une région paradisiaque à la porte des Enfers. Au revoir 2020, au revoir Thomas. Bienvenue 2021, bienvenue Mauricio. 

Bonne Année, et longue vie au Paris Saint-Germain.

A James. Tu nous manques.


Benjamin Navet

Danke Schön, Sir Thomas

Alors ça y est ils ont eu ta peau… Depuis le temps que certains réclamaient
ta mise à mort
… Pardonne-leur, ils ne savent pas ce qu’ils font, et comble de l’ironie
le jour de Noël… La grande classe. Ponce Pilate s’en lave toujours les mains,
le Qatar continue à gérer son jouet parisien comme… un gosse pourri gâté.
A la poubelle le vieux jouet. En même temps quoi de plus logique
le soir de la venue du Père Noël…


Quelles sont les véritables raisons de cette prise de décision ? Beaucoup de rumeurs, mais on ne saura jamais lesquelles sont vraies. D’ailleurs qui prend réellement ce genre de décision ? Le directeur sportif ? Le président ? L’Emir ? Les conseillers de l’Emir ? Son cousin ? Les conseillers de son cousin ? Les médias ? Les réseaux sociaux ? Les supporters ?  Ma tante ? Tout cela reste très opaque, l’Emir a d’autres problèmes que le football parait-il. Cela se comprend bien-sûr, mais alors pourquoi ne fait-il pas confiance aux gens qui sont en place ? Vu de l’extérieur on a l’impression d’avoir un monarque qui prend des décisions en fonction de son humeur ou du sens du vent, et que personne à sa cour n’ose le contredire. En revanche ils semblent nombreux à sa cour à avoir un avis sur le PSG… Ancelotti perd un match, on lui fait comprendre qu’au prochain faux pas il sera viré, on prolonge Laurent Blanc, oh et puis on le vire un mois après. Kluivert il est sympa, on prend Kluivert au recrutement. Ben Arfa met un joli but, on le prend, Jésé fait des disques sympas, je le veux au PSG, on joue mal, on vire Tuchel. Les exemples sont nombreux depuis l’arrivée de QSI de décisions irrationnelles. L’Emir est-il un gosse impatient ? Est-il mal conseillé ? Est-il seulement au courant ?

Bref, Un nouvel entraineur va arriver et à chaque fois les mêmes commentaires … « Il était trop proche des joueurs, fini le copinage, il nous faut un entraineur à poigne qui les fasse courir un peu » (fonctionne au hasard pour Bergeroo Vs coach Vahid, Lolo Fournier Vs Guy Lacombe, Blanc Vs Emery ou encore Emery Vs Tuchel…). Invariablement nous avons après le « Il était trop dur avec les joueurs, il faut savoir les gérer. Ça c’est un tacticien, on va avoir enfin un fond de jeu » (fonctionne par exemple pour coach Vahid Vs Lolo fournier, Kombouaré Vs Ancelotti, Ancelotti Vs Blanc, Blanc Vs Emery et Emery Vs Tuchel)… Ce qui est bien c’est que les deux formules marcheront également pour Tuchel Vs Pochettino… J’ai déjà fait le procès de Tuchel dans un précédent papier. Ma conclusion était que les résultats auront raison ou non du verdict. Je me suis trompé. Premier de sa poule en LDC. Un point de retard sur le premier en championnat. Thomas est innocent, mais sera quand même exécuté. J’espérais de manière faussement naïve que Leonardo et Tuchel enterreraient la hache de guerre pour le bien du club. Encore une fois je m’étais trompé.

Retrouvez l'article de JJ consacré à Thomas Tuchel en cliquant ICI

Comme dans tous conflits au final il n’y aura que des perdants. Tant pis pour l’entraineur et le directeur sportif et leur égo respectif. Mais les dommages collatéraux sont toujours les pires et les plus injustes… Et c’est bien le club et ses supporters qui encore une fois vont pâtir de la situation. Certains supporters ne méritent pas mieux ? Pas faux. Alors Thomas qu’as tu fais de mal pour qu’une partie des supporters réclament et se réjouissent de ton départ ? Comme dit le toujours très usité mais tellement vrai proverbe « Quand on veut tuer son chien on dit qu’il a la rage ». Que d’arguments fallacieux, idiots et parfois malhonnêtes, n’ai-je pas lu sur toi pour tenter de justifier ton licenciement. Parfois les arguments sont recevables, car bien-sur tu n’es pas non plus un saint et tu as aussi tes torts. Mais que ceux qui n’ont jamais fait d’erreurs te jettent la première pierre. C’est tellement facile de jeter des commentaires haineux sur les réseaux sociaux…

Je ne m’attarderai pas sur les arguments liés au jeu. Ils sont irrecevables pour qui a déjà pratiqué ce sport. La raison est toujours la même. Pas de vacances, pas de préparation physique. Donc multiples blessures, donc impossible de mettre un système stable sur la durée. A partir de là Tuchel a sauvé les meubles comme il l’a pu et il s’en est plutôt bien tiré. Quand tu sais que tes joueurs ne peuvent fournir un pressing pendant tout un match, quand tu sais que pour pratiquer un beau football il faut des joueurs en parfaite condition et que ce n’est pas le cas, et bien on s’adapte. C’est ce que tu as fait. Alors oui c’est vrai, ce n’est pas toujours beau, mais ça gagne et c’est bien le principal. Le système en 5-3-2 qui se change en 3-5-2 il fallait l’oser. Cela a marché. Moi je dis merci et bravo. Quand certains râlent qu’ils n’en peuvent plus de voir le PSG après le dernier match contre Strasbourg… Que leur répondre si ce n’est que gagner seulement 4 à 0 oui c’est une honte que l’on devrait en mettre 8 peut-être ? 

Ceux qui veulent voir du beau jeu, je les invite à regarder les matchs du PSG de la saison dernière quand on avait pu faire une vraie préparation, ou l’on passait 4 buts à l’om à Lyon ou encore à Monaco. Et je ne vous parle pas du 3-0 face au Real en Ligue des Champions. Là aussi Tuchel était un incapable ? On me sort alors que c’est à cause de ses déclarations et surtout celle-là « J’aime juste le football. Et dans un club comme celui-ci, ce n’est pas toujours que du football. » Qui peut dire le contraire ? Les intérêts personnels, les choix politiques gangrènent ce club depuis trop longtemps et son départ en est le plus désolant des exemples. Alors pourquoi virer Tuchel ? La vindicte populaire, le délit de sale gueule, La méconnaissance footballistique de certains supporters, les humeurs de l’Emir, la vengeance de Léo, l’arrivée du solstice d’hiver ? Un peu de tout cela surement.

On le voit il n’y a aucune raison rationnelle de jeter Tuchel qui statistiquement est même devenu le meilleur entraineur de l’histoire du PSG. Cocasse. Parce qu’il n’y a rien de plus factuel et qu’au final c’est ce qui restera dans les livres voilà le palmarès de notre désormais ex-entraineur : 

2 titres de champions de France (2019, 2020), 1 Coupe de France (2020), 1 Coupe de la Ligue (2020), 2 Trophées des Champions (2018, 2019) et une finale de Ligue des Champions perdue contre le Bayern Munich (2020).

Pour terminer je remercie encore Thomas Tuchel et lui souhaite bonne route, je n’ai aucun doute qu’il prendra bientôt la direction d’un grand club européen. Comme d’autres vieux jouets jetés sans ménagement… Zlatan s’éclate au Milan, Silva est déjà capitaine de Chelsea et a gagné le respect de la si difficile et perfide Albion. Quant au Matador, mon cœur saigne encore de le voir enfiler les buts à Manchester…Eux aussi ont été critiqué par tous ces pseudos spécialistes et supporters du PSG. Aujourd’hui leur nom est gravé dans la pierre de notre Histoire. Aucun n’a été remplacé. Ni dans le vestiaire, ni sur le terrain, ni dans le cœur des supporters. 

Puisqu’on parle de remplaçant, j’en profite pour souhaiter un bon retour à la maison à notre ex-capitaine Pochettino. Qu’il profite bien de son état de grâce à son arrivée. Il ne va pas durer longtemps et déjà la lame froide et irrationnelle de la guillotine rouge et bleu réclame du sang… L’odeur du sang ? Tiens ça me rappelle quelqu’un ? Et si l’ancien joueur du PSG qui revenait entrainer le club était Domenech ? Ah ah ah que je suis caustique comme dirait Monsieur Preskovic. Oui cette année le père Noël est bien une ordure. Heureusement dans la garderie des gosses capricieux président de club il existe toujours plus incompréhensible que l’Emir, il existe celui de Nantes. Comment dit-on garderie déjà en Allemand ?

Et bonne année à tous les supporters parisiens !


J.J. Buteau

Les boules et le sapin

Comme Jacky et Benji, j’ai décidé de faire un premier bilan, calmement,
à quelques jours d’un Noël sous Covid et à max 6 à table (ou 11, me souviens plus).


Le PSG a fait un tiers du chemin en Ligue 1. Troisième avec 1 point de retard sur le duo lyonnais-lillois. 4 défaites dont 3 contre l’om, l’ol et Monaco. La chute contre Lens, je ne la compte pas, elle ne dit rien. Nous étions alors friables, rincés, ailleurs. Finale perdue, préparation hyper tronquée, c’était presque écrit. Depuis la reprise nationale, nous avons été globalement médiocres. Poussifs, parfois même chanceux, incapables de conserver un résultat et défensivement approximatifs, quand on ne cède pas tout simplement à une panique des plus embarrassantes. À peine une mi-temps valable en 16 rencontres. Nous avons pourtant réussi à enchaîner je crois 8 victoires d’affilée (si ce n’est pas le chiffre exact, ne venez pas me casser les noix avec vos commentaires de petits comptables, enfants irritants de Philippe Doucet, homme que tout le monde a oublié sauf moi).

Résultat : à un match de la trêve hivernale, contre Strasbourg au Parc, et avec une équipe décimée et qui sera probablement incapable de reproduire la même performance que ce soir à Lille (ne me demandez pas pourquoi !), Paris est certes à la traîne mais pas largué. Les néo-supporters doivent geindre, bien sûr. Ils aimeraient avoir déjà 18 points d’avance. Pour pouvoir se concentrer uniquement sur le Graal européen. Ils sont vulgaires, ces nouveaux fans parisiens. Ils n’ont rien compris. Qu’ils redeviennent supporters de, au choix, Liverpool, Bayern, Madrid, Betclic, bla-bla-bla. Même si la ligue 1 est atroce à mater, elle est notre quotidien, notre maison, notre réalité. Notre colonne vertébrale. La ligue des champions est une récompense, une meuf que tu n’aurais jamais pensé pouvoir un jour serrer. Pour tout le monde. Même le Barca. Elle n’existe pas sans les 38 matchs locaux.

Je ne vois pas comment se débarrasser de cette La palissade. Il faut aimer la Ligue 1. Il faut retrouver ce désir brûlant, quand être champion de France était un exploit. Un tatouage que tu ne recouvrirais jamais (RIP Monsieur Houllier, en passant). Les obsédés de l’Europe, je l’ai déjà écrit mille fois, se branlent sur cette future Ligue fermée continentale. Ils sont prêts à sacrifier les championnats nationaux, froidement, sans aucun remord, pour un super tournoi, club ultra VIP ultra fermé, où des super héros viendraient en direct tutoyer les Cieux du foot. C’est comme ça qu’ils te le vendent en plus !!! Sûrs d’eux mêmes ! Ils ne veulent que le meilleur. Sky is the Limit. Ils s’en moquent de ces pauvres matchs merdiques du week-end. Ils veulent le Chicago Bulls de Michael, les Avengers et les DC comics dans le même film… faut que ça brille ! J’ai payé ! J’en veux pour mon pognon ! Plus besoin des bouseux, des petits, des laborieux, des Nations, ces faiseuses de guerres. On veut le Top ! On veut se gaver.

Le football était cette chose simple, belle, foi de bitume et d’étoiles. Vous allez encore salir. Oui, pourrir le truc pour, si on résume objectivement, quelques dollars de plus. Et rien d’autre. C’est une évidence : la multiplication des matchs va flinguer le désir, à un moment ou à un autre. On pourra alors terminer le foot en le réduisant à un gigantesque tournoi de catch. Soccer Globe Trotters. La vie en mode best-of. C’est écœurant. Pire. C’est d’une tristesse vertigineuse. Quand j’y pense, quand je m’avoue que demain, le foot, c’est comme ça, une lame de lassitude et de peur me traverse la cage thoracique. J’ai perdu la guerre. Yep. Certains amis m’accusent de regretter la souffrance de mes années en tribune, quand Paris n’était que Paris. Qu’ils se trompent. Mes amis ignorent ou ont oublié  peut-être ce que c’était de vivre le football à ce rythme là, à cette époque là. La souffrance n’était rien, même les soirs de bad trip au Parc, quand on perdait contre Sedan, comparée à l’énergie, la folie, l’humour, l’intensité, la violence, la vie, la banalité parfois lumineuse.

Je n’ai rien contre les Avengers. Je les ai tous vus avec mon fils. Mais je demande juste de pouvoir aussi mater un film de Melville, Landis, Spike Lee ou Sacha Guitry. Vous captez le délire ? Un Whooper With cheese, je dis oui. Mais pas tous les jours putain. La coupe du monde à 48. La ou le Var, cette merde. Avec votre vision du foot, Il n’y a jamais Maradona à Naples qui s’empare du scudetto. Il n’y a jamais la chevauchée de Sammy Traoré, il n’y a jamais Parc, le meilleur livre jamais écrit sur le PSG (« Un chef d’œuvre qui emmène très loin, servi par une plume autant poète que viscérale. Si Maradona était un livre… » avait chroniqué l’Equipe à sa sortie. Vous ricanez probablement. Je ne suis qu’un con nostalgique. Peut-être. Vous ne m’empêcherez pas de penser qu’il est toujours difficile de voir une passion ainsi malmenée. Diego est mort. C’était peut-être l’ultime signe. Qui a décrété que le football devait à ce point changer ? Tous ces fanatiques du changement, pour tout, tout le temps… effrayés par la tradition, le symbole, les habitudes, l’ennui et la passion. Le progrès gagne encore. Pour le meilleur, vraiment ?

Ce n’est plus une interminable digression, c’est mon chant du cygne…

Bilan donc. Le championnat, il faudra aller le chercher. Et à l’heure qu’il est, ma bouteille PSG est évidemment plutôt à moitié vide. On ne se refait pas. Si nous devions échouer, Seigneur, couronne Lille et personne d’autre. Galtier, cela ne me poserait aucun problème. J’aime bien le mec. Et si nous nous imposions au final, ce titre aurait à n’en point douter un goût plus savoureux. Nous aurions eu chaud. Nous nous en souviendrions. Mais malgré le grosse prestation collective et technique de ce soir, je ne suis pas dupe. Cette année, on va en chier, nous n’avons pas d’équipe à proprement parler, un entraîneur en roue libre, plus de blessés qu’à Stalingrad en 42, une fatigue récurrente, un virus (Casse toi FDP, sale videur de tribunes de meeeeeeerde), un président invisible et un Leo en mode Marceau (le mime, pas l’actrice).

On sait que nos joueurs s’en tamponnent de la L1. Ça se voit. Cette condescendance est évidemment coupable. Chaque année, qu’on explose les 19 autres ou qu’on rame comme actuellement, on gère, on trottine, on fait circuler. Parfois, on accepte de se donner vraiment à fond. C’est rare. Paris n’est plus une équipe qui accepte d’en baver. C’est regrettable. Elle va pourtant devoir cravacher. Il ne suffira pas d’attendre le printemps… en Ligue des Champions, on se qualifie et on tire le Barca. Cette impression de rediffusion au PSG devient lassante. Mais nous serons en huitièmes. Même dans une poule médiocre, avec un Man U moyen moins, on aurait pu trébucher. Non. On y est. Combien de fois le mot remontada va-t-il être prononcé, écrit, diffusé ? Messi signera t’il au PSG en janvier ? On va tout entendre. Va-t-on recruter ? Faut-il recruter ? Tuchel doit-il fuir en Argentine. En Jamaïque plutôt, pour désamorcer toute blague idiote…

Paris est illisible, chaque jour un peu plus, mais Paris est aujourd’hui  lisible par tous ses ennemis. Ce n’est tout de même pas très rassurant, non ? Tenter de prévoir notre futur relève de la prière. Nous donnons l’impression de naviguer à vue. Même nos adversaires médiatiques parlent d’une possible malédiction. Ce soir, encore trois blessés ! Neymar indispensable et trop solo, Mbappé affole ses statistiques mais moins les cœurs bizarrement, Bernat reviendra après le huitième confinement, minimum, Kehrer est encore là, Icardi a été enlevé par des Martiens, Marco doit pouvoir enchaîner les matchs sinon on est vraiment mal, faut-il inscrire le tacle sacrificiel de Presnel au patrimoine de l’Unesco ? Paris doit profiter de cette coupure pour répondre à toutes ces problématiques. Et à bien d’autres encore. Nous n’avons aucune certitude à l’exception de Navas. Rafinha est dans l’air du temps, il le mérite, mais soyons prudents. Donnons nous du temps. Et puis, ce ne serait même pas du luxe, essayons d’être une… Équipe. Pas forcément tout le temps stratosphérique. Non, non. Mais une équipe. C’est simple le foot, hein ? Défendre et attaquer ensemble. Lever la tête. Ne pas avoir les pieds qui brûlent. Proposer à son camarade de front une possibilité de passe. Ce genre de choses. Et ça, je ne l’ai vu cette année que par séquences. Elles furent plutôt rares.

Angel fait du boudin. Paredes ne décolle pas encore. Il y a Kean. Volontaire. Buteur quand même. Jesé est parti. Enfin, je crois. Voilà le bilan de Paris. Un grand flou avec des couleurs qui déchirent parfois notre brume absurde. Quelques fulgurances. Quinze minutes ici ou là avec de vraies actions collectives. Pas de quoi impressionner grand monde. Paris ne fait plus peur en Ligue 1. Nos joueurs devraient être vexés. Ils préfèrent s’en foutre. En LDC, c’est un autre débat. Le covid a changé la donne : les gros ont du mal, globalement. La machine est grippée. Le temps de réajustement sera plus ou moins long selon les Clubs. J’espère que Paris saura s’y prendre. Cette année peut aussi être une année vierge de tout trophée. De troisième ou quatrième place derrière les deux olympiques et Lille ou Rennes et pourquoi pas Montpellier ! Ça n’arrive pas qu’aux autres. Le croire est votre première erreur. Vous êtes prenables cette année. Si vous ne l’avez pas encore compris, en face, ils ont senti l’odeur de notre sang, je vous l’assure. Et ils vont nous rentrer dedans jusqu’à la fin. Ne serait-ce pas l’année parfaite pour gagner avec… panache ? Pour jouer au… foot sans chouiner (nous ne sommes pas des Lyonnais !). Pour fermer toutes les bouches des jalouses ?

Joyeux Noël au PSG et à son peuple.

PSG4LIFE


Jérôme Reijasse